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Depoimento: Hugo Ceccato  

#MasterUniversitárioCheff

 

Ver o nome da lista dos aprovados no vestibular da Unicamp chega a ser surreal. Até para os mais otimistas bate aquela dúvida, mas acredite, é verdade! Com a aprovação, um "novo mundo" começa, principalmente se você não mora em Campinas ou nas cidades ao entorno e precisa se mudar. Bom, me encaixo nesse grupo de novos campineiros.

Me lembro que meu primeiro pensamento sobre a ideia de mudança: Sensacional, nasci preparado!!!. Sempre gostei da sensação de liberdade (mesmo tendo em mente de que ainda dependo de meus pais). A ideia de morar sozinho, ter independência, responsabilidades me fascina. Tive a experiência de morar fora por um tempo e pude viver isso, consegui crescer e amadurecer enormemente – achava que estava preparado para tudo e que ficar 98 Km distante de minha casa, família e amigos seria “mamão com açúcar”.

Como disse – ACHAVA (não se assuste, não vou desabafar ou colocar medos, prometo!). Confesso que foi uma transição bem difícil, mais do que imaginava. Não vou dizer que não senti falta dos cuidados de mamãe (como faz falta aqueles chás, bolos, palavras que nos dão animo quando mais precisamos), dos desabafos pessoais com os amigos de infância etc – senti muita falta disso, mas de certa forma, isso tudo ganha novos significados e novas formas. Como assim?

De alguma forma sensacional, os amigos que vamos fazendo durante a graduação vão se tornando nossa “segunda família” – com eles, vamos acabar dividindo muito das angustias, medos, felicidades e alegrias. Nossas famílias que ficam vão aprendendo a estar presentes de outras formas – o Skype e whatsapp vão se tornando algo bem importante (é engraçado ver como os pais tem uma habilidade de aprender: nunca os subestime. Falo por experiência própria – em alguns dias já estavam craques no whatsapp, no começo escrevendo tudo certinho. Agora já adquiriram Phd em internetês e “você volta esse final de semana?” já está “vc volta esse fds? J TOP”). Sem mencionar as arriscadas na cozinha – nunca vou me esquecer do primeiro ovo frito perfeito, com direito a foto para a família com #defomeeunaomorro (aliás, sabiam que nem todo prato pode ser colocado dentro do micro-ondas? Da primeira vez que o prato explodiu pensei que fosse rojão e nem quarta-feira era) hoje já rola uns cordeiros assados ao molho de vinho branco temperado com açafrão e alcaparras – MENTIRA, você é universitário, o bandeco de certa forma vai guiar sua alimentação! (Ahh, marmitinhas de casa são sempre uma ótima opção para variar o cardápio semanal).

Pouco a pouco vocês vão sentindo essa transição. Como disse, tive certa dificuldade, mas que com o tempo e ajuda de bons amigos e da família as coisas foram melhorando. Gostaria que tivessem em mente que todos nós somos diferentes. Alguns têm uma capacidade enorme de se adaptar melhor do que outros, por isso não se comparem. Uma das coisas que mais aprendi morando sozinho foi me entender, conhecer um pouco mais sobre mim (vocês vão se surpreender, eu garanto) e isso é fundamental.

Bom, bem vindos a essa nova vida. Mando energias positivas para que todos sejam felizes e que se encontrem dentro dessa nova fase. Estaremos sempre à disposição para ajudar e conversar. Não se acanhem, afinal de contas seremos uma família.

 

Hugo Ceccato

 

Depoimento: Ana Luiza Hernández  

Saudade de Casa

 

Para muitos é um sonho morar sozinho, outros fizeram isso porque, vamos encarar, estudar medicina na Unicamp é uma chance única! Para mim foi um pouco dos dois, aquela ânsia de ganhar liberdade ao mesmo tempo que me doeu deixar a minha casa para ir num estado novo, com tudo novo, sem família e sem conhecer ninguém. Mas a Unicamp foi sempre um sonho, eu cheguei encantada, maravilhada com essa nova realidade, como imagino que muitos de vocês estejam, tudo era lindo, a matrícula, a calourada, achar minha nova casa... Mas quando passa tudo isso, seus pais vão embora, bate

uma certa solidão, isso é verdade.

Não vou dizer que é sempre fácil e maravilhoso, a saudade de casa sempre bate na maioria das pessoas, e para alguns demora até que esse novo lugar se faça sua casa. Mas, as pessoas que você irá conhecer aqui se tornarão uma família! Você acaba convivendo tanto com elas que você se surpreende em quão pouco tempo você começa a se tornar íntimo delas. Sem falar de que quanto à saudade, com o milhões de aulas, ligas, esportes, e outras atividades, quase não há tempo para pensar na saudade, os dias acabam passando e você nem nota, depois já chega o momento de você fazer uma

visita a casa!

Quanto às responsabilidades, bom, se você não estava acostumado a tarefas domésticas esse vai ser um bom momento de aprender, e calma que dá tempo pra tudo, é só você criar uma rotina pra essas tarefas. O peso das responsabilidades agora pode ser um pouco grande, mas vai te fazer crescer muito como pessoa, na verdade, toda essa experiência vai te fazer uma

pessoa muito mais madura e preparada para vida, eu acho.

E quanto ao lado bom mesmo, a liberdade e independência é incrível, poder decidir aonde vai e quando vai, na maioria dos casos, sem quase restrições, você acaba saindo mais com os amigos, indo a muito mais eventos, festas, e vivenciando a faculdade como um todo, morando fora de casa, a faculdade

passa a ser sua casa!

E se você também vem de longe e não vai voltar todo fim de semana, não se preocupe, com o tempo você vai descobrir as outras pessoas que também não voltam, e também cada vez mais as pessoas vão ficando mais porque

acaba sempre tendo algo no fim de semana, uma reunião, um evento, uma competição, uma prova segunda, enfim, se você for atrás tem sempre algo a fazer! Enfim, eu acho que nesse ano eu aproveitei ao máximo tudo da faculdade, fiz amizades muito importantes, e acho que o mais importante foi que eu aprendi muito sobre mim mesma. Eu não me arrependo nada de ter feito essa decisão de morar fora de casa, assim como espero que vocês

aproveitem muito essa experiência! 

 

Ana Luiza Hernández

Este site foi elaborado por algumas e alguns estudantes de medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com o objetivo de auxiliar as calouras e os calouros durante o primeiro ano, especialmente, nas primeiras semanas. Esperamos que essa ideia seja continuada pelas próximas comissões, sejam elas integradas ou não,  e desejamos muitas boas-vindas!

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